Das condições de apreensão das informações de ürmN


Inexiste uma condição “ideal” que possamos definir. Nos basta que quem esteja lidando com as informações aqui expressas tenha disponibilidade o mais radical possível a elas. No entanto, inferimos que uma alimentação adequada, prática meditativa e relações sociais que permitam a manutenção dessa apreensão ajudem no processo.


Uma alimentação adequada é aquela que mantém a saúde da instância corpo/mente, doravante “corpo”. Cada corpo tem seus apetites, que é preciso experimentar e estudar para saber qual é a alimentação mais adequada a ele, de modo que nenhuma dieta a priori vai ser suficiente, pois necessitará de alguma calibragem.


Sobre as relações sociais, é preciso respeitar a personalidade de cada atrator. Alguém mais introspectivo terá menos relações sociais, ao contrário de alguém mais extrovertido. No entanto, algum grau de introspecção é necessário para a apreensão de ürmN e isso precisa ser alcançado, seja em qualquer local que, de preferência, haja discrição, silêncio e não haja interrupção.


Com o tempo, pode-se perceber que parentes, amigos e cônjuges não são mais adequados a uma vida mais livre e disponíveis para informações que aqui expressamos. Cabe uma modulação nessas relações, que variam desde uma conversa franca, afastamento e até rompimentos provisórios ou mais duradouros. No entanto, a descrição que sugerimos pode permitir relações que não sejam muito afins com as informações que aqui trazemos, mas cabe a habilidade de cada um lidar com tais limites sociais. Não pregamos nenhum tipo de segregação, apenas convidamos a um ambiente mais propício para a ampliação da apreensão do que é e do que “está” além, ou seja, das informações oriundas de ürmN.


Também inexiste uma meditação mais adequada, mas preferimos aquelas que não se situam como aprendizado de uma instituição, muito menos àquelas que impõem uma hierarquia no aprendizado da meditação. Nós preferimos as meditações que se somam a trabalhos bioenergéticos, como o Tai Chi e os estados vibracionais, de modo que, a partir da experimentação  de cada um, se chegue a uma meditação mais adequada e que haja um repertório mínimo de modulação e variação. Com a experiência, preferimos também a meditação com menos técnicas possíveis, sejam elas mantras, certas posições “adequadas” ou práticas respiratórias. No caso de meditação em grupo, sugere-se escolher uma meditação específica para todos, mas isso não deve ser uma medida seguida à risca. No mais, é preciso cultivar uma abertura radical à estranheza inerente. “Inerente a quê?”, pode-se perguntar. Diríamos: inerente a isto: ao desconhecido, ao vazio, ao inapreensível. 


Jamais confundir a estranheza inerente com o famigerado unheimlich do psicanalista Sigmund Freud. Esta é apenas uma referência às inferências termodinâmicas de Freud ao um (para nós) inexistente “inconsciente”, que, pior ainda, é “individual”. Não acreditamos na “entropia”. As supostas desorganizações cósmicas são apenas ressonâncias estranhas ao saber mecanicista e sua compreensão tosca do que é “organização”. Nossa estranheza inerente não é “individual”, pois isso inexiste em nossa egrégora, nem possui nenhum caráter “recalcado” ou “termodinâmico”: trata-se do desconhecido inapreensível pulsante, livre, aqui e agora, nisto.


Se perguntarem a algum de nossos atratores que constituem nossa egrégora se nós “fazemos parte de ürmN”, respondam a verdade: “não sei o que é ürmN”, “não consigo te responder” ou algo do tipo, pois partimos da não sapiência, não sabemos o que é ürmN, mas intuímos algo. Se a aleatoriedade fizer com que nos encontremos “pessoalmente” ou “virtualmente”, isso ocorrerá por ressonância, não por convites formais ou algo do tipo.


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